Se a educação hoje é vista como instrumento de transformação do mundo, muito se deve a Paulo Reglus Neves Freire. Educador, escritor e filósofo dos mais premiados e citados no mundo todo, o pernambucano Paulo Freire é o Patrono da Educação no Brasil. Ainda nos anos 1940, iniciou seu trabalho em educação, após desistir da formação em Direito.

Paulo Freire sempre entendeu a escola como espaço de aprendizado e de diálogo; tanto para professores como para alunos. Onde o professor não só ensina como aprende e respeita o conhecimento do estudante. A educação, para ele, contribui para a conscientização, para a redução da desigualdade social e a garantia de direitos.

Com esse pensamento muito além de seu tempo, Paulo Freire foi taxado de comunista pela ditadura militar e foi preso e exilado. No exílio, levou suas ideias revolucionárias para o mundo todo, com passagens marcantes em projetos de alfabetização de adultos no Chile, lecionando em Harvard e colaborando como consultor do Conselho Mundial de Igrejas (CMI), na Suíça, viajando por mais de 30 países até seu retorno, em 1980, ao Brasil. Lecionou na Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP) e na Universidade de Campinas (Unicamp) e ainda colaborou com a prefeitura da cidade de São Paulo entre 1988 e 1991, como Secretário de Educação.

Nosso patrono da educação faleceu em maio de 1997, aos 76 anos, por problemas circulatórios, mas seu legado é eterno. Em vida e postumamente, ele recebeu mais de 40 títulos Doutor Honoris Causa, e dá nome a mais de 300 escolas, bibliotecas e universidades mundo afora. Seu trabalho segue sendo um dos mais lidos e citados no mundo dos estudos de humanidades.

A Universidade do Estado do Rio de Janeiro homenageia Paulo Freire em seu centenário, lembrando a importância de manter a memória e a luta do maior de nossos educadores em prol de uma sociedade mais justa e igualitária. Viva Paulo Freire!